LEE PRIEST Bíceps é um
músculo como outro qualquer, no entanto com certeza não demonstra ser um ponto
fraco na maioria dos fisiculturistas e basistas. Podemos perceber uma certa
desproporção ou irregularidade nos treinos de bíceps por inúmeros motivos,
entre eles, o desenvolvimento parcial do antebraço que é o músculo chave na
execução do movimento, excesso de carga, má execução, falta de conhecimento,
orientação ou simplesmente por ego. |
LEE PRIEST |
Vamos começar
a treinar bíceps de verdade começando pelo pai dos exercícios:
1º A Rosca
direta:
A rosca direta
com barra reta é um exercício básico e potente do qual não pode faltar num
treino de bíceps, um exercício que proporciona um bom desenvolvimento no
quesito espessura, mas vemos que ele é feito de maneira equivocada por vários
motivos inclusive os já citados acima.
Então vamos começar a fazer a rosca direta de forma correta.
- Inicie o
movimento com os braços completamente estendidos levantando apenas os
antebraços até o final do movimento exercendo a função primária do bíceps e não
pulando a parte mais importante da execução levantando os cotovelos ou
“roubando”, lembrando que o mesmo deve ser feito no final do movimento, isso
mesmo não jogue o peso para frente ou não tera o alongamento que necessita, o
antebraço é um gancho que irá exercer a mesma função a todo momento.
Por quê usar a
barra reta?
Como já dito
em outra pegada não é possível exercer a função primária do bíceps, mas para
ser mais claro veja que na barra W os punhos estão bem próximos a pegada neutra
o que trará um desenvolvimento potente de antebraço (braquiorradial), mas não é
isso que queremos, queremos bíceps de verdade.
“A principal
função do bíceps é a supinação da mão, torcendo a mão – no caso da mão direita,
no sentido horário; e a função de flexão é estritamente secundária. Um simples
teste provará isto rapidamente de uma maneira inegável; flexione seu antebraço
contra a porção superior do braço até onde for possível,enquanto mantém a mão
em uma posição pronada (“pescoço de ganso”) – então coloque sua outra mão sobre
os bíceps do braço flexionado. Você notará que os bíceps não estão contraídos,
apesar da função de flexão dos bíceps ter sido completada; quer dizer, apesar
do braço estar flexionado até onde é possível, os bíceps apenas executaram
parte de sua função – e a parte menos importante. Agora gire a mão do braço
flexionado até uma posição supinada e conforme você realiza esta ação, você
sentirá os bíceps se contraírem. A contração total dos bíceps resulta do giro
da mão e do antebraço – e os bíceps não podem contrair-se completamente a menos
que este giro aconteça.”
2º A rosca
alternada/Simultânea:
Esse exercício
é complementar ao esforço já feito na rosca direta, muito importante em uma
rotina de bíceps, pelo fato de poder haver uma rotação do punho é possível
recrutar a cabeça curta (final do movimento, por ter descido neutro) e a cabeça
longa (ínicio do movimento por ter subido supinado, exercendo a função
primária) e o alongamento de ambas no final do movimento, fazendo desse um
exercício completo, lembrando que como houve rotação do punho o braquiorradial
(antebraço-extensor) também foi recrutado em menor enfâse.
3º As
Variações:
Assim como em
qualquer treino também é necessário utilizar variações em uma rotina de bíceps,
após todo o esforço já realizado anteriormente é necessário “um segredo” para
finalizar de forma eficaz o treino, para isso é necessário bom senso e
experiência.
Escolhemos um exercício isolador, ou algum exercício auxiliar ao
desenvolvimento do antebraço, o treino de bíceps basicamente é: exercício com
barra, exercício com halteres e exercício isolador.
Variações
potentes:
- Rosca Scott:
O banco scott por estar posicionado a 45º acaba exercendo a função de uma outra
forma comprimindo o bíceps ao extremo assim como em qualquer outra banqueta,
isto ajuda a alongar o bíceps, ou melhor dizendo “tampar o buraco” entre o
bíceps e o antebraço, mas no caso do scott não há um pico de contração, pois o
final do movimento é limitado (é possível repousar) sendo assim a parte mais
importante é o ínicio do movimento então lembre-se “braços completamente
estendidos”.
- Rosca
martelo:
Muitos erram
por não treinar antebraço, mas esse exercício pode ajudar muito a não entrar
nesse dilema Bíceps X Antebraço por estar em pegada neutra não somente bíceps
(cabeça curta, que foi requisitada em menor enfâse nos exercícios anteriores
agora pode ser bem trabalhada neste exercício) e o braquial, mas o
braquiorradial também será requisitado, lembrando que estes músculos são muito
importantes num treino de bíceps, a rosca de punho ao término do treino também
é fundamental.
- Rosca
concentrada
A rosca
concentrada ficou muito conhecida por ter sido utilizada por Arnold
Schwarzenegger, o próprio dizia que após todo o esforço feito nos exercício
anteriores a rosca concentrada o ajudaria a criar um pico no bíceps, mas veja
que isso faz sentido, devido ao posicionamento forçado a 90º a subida se torna
muito díficil recrutando o máximo de fibras possíveis, veja que outras
variações como a Rosca spider (um tipo de “banco scott” a 90º, frequentemente
usada pelos fisiculturistas atuais, é bem semelhante a rosca concentrada por
isso não vemos muitos fisiculturistas fazendo-a) que pode ser feita com barra
ou com halter na mesma angulação dizemos em parte que exerce a mesma função
LEE PRIEST |
Rosca direta é um dos
exercícios mais antigos, comuns e eficientes para a construção de massa nos
braços. Quando se fala de bíceps desenvolvidos, já pensamos nela. Existem
diversas formas de execução, e hoje estaremos abordando duas formas que causam
muitas dúvidas: a rosca direta com barra reta e a com barra W (ou barra desnivelada).
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