Envelhecimento
e Função Músculo-Esquelética:
O
envelhecimento conduz a uma progressiva diminuição da força e flexibilidade
muscular.
Músculos:
A
força máxima é atingida por volta dos 25 anos de idade, e entra num plató até a
faixa dos 35-40 anos , quando mostra um declínio rápido, com 25% de perda de
força muscular máxima na idade de 65 anos. A massa muscular diminui,
aparentemente com uma perda seletiva na secção transversa. Não está claro se
isto é uma hipotrofia geral do músculo esquelético ou uma hipoplasia seletiva e
degeneração das fibras tipo II , associada com a perda do broto terminal do
nervo motor.
Outras
causas da perda funcional incluem uma deterioração das estruturas terminais das
placas motoras , junções mioneurais ; piora do mecanismo de
excitação-contração, e diminuição do recrutamento de fibras. Tanto o tempo de
contração e o tempo de relaxamento estão prolongados, e ,por isto, a velocidade
de contração máxima é diminuída. Mudanças são maiores nas pernas que nos
braços, possivelmente porque há uma maior diminuição no uso das pernas com a
idade. A resistência muscular em dada fração da força voluntária máxima,
aparentemente, melhora com a idade, em parte devido aos músculo, agora,
conterem uma maior proporção de fibras tipo I, e também pela menor força
muscular ,que diminui a pressão sobre os vasos , restrigindo , menos que em
pessoas jovens, a perfusão dos tecidos.
A
perda da força progressivamente impede ações normais do dia-a-dia. Torna-se
difícil transportar um pacote de 5kg de alimentos, abrir um frasco de remédio,
e até levantar o próprio corpo do assento do toalete (9). A relação de força
homem/mulher não é alterada.
A
força muscular pode ser bastante melhorada por um período tão curto como 8
semanas de treinamento com pesos, até mesmo em sujeitos com 90 anos de idade
(3). A síntese protéica ocorre mais lentamente que em adultos jovens, porém a
comparação de secções transversas de músculos entre pessoas ativas e inativas
sugere que muito da perda de tecido magro pode ser evitada por um treinamento
regular com pesos. Músculos preparados melhoram a função das articulações,
reduzem o risco de quedas e dimunuem a magnitude da dispnéia. Algumas vezes há
o temor que exercícios com pesos possam causar um perigoso aumento da pressão
arterial , provocando um ataque cardíaco. Todavia, se o sujeito evitar a
manobra de Valsalva, e mantiver 60 % da força máxima voluntária por mais que
poucos segundos, o aumento da pressão sangüínea não será maior que durante uma
série de exercícios na bicicleta ergométrica.
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