PRINCÍPIOS DE TREINAMENTO PARA HIPERTROFIA DE JOE WEIDER
Joe Weider, Arnold Schwarzenegger e Ben Weider |
Mike Matarazzo e Joe Weider |
Josef E. "Joe" Weider é um canadense co-fundador
(IFBB) (junto com seu irmão Ben Weider) e criador do Mr. Olympia, Ms. Olympia e
dos extintos torneios de fisiculturismo Masters Olympia. Também é editor de
diversas revistas relacionadas ao fisiculturimo e a fitness, mais notavelmente
Muscle & Fitness, Flex, Men's Fitness e Shape e é o fabricante de uma linha
de equipamentos e suplementos de ginástica.
Desde o início dos anos 40, Weider, além de publicar artigos
e fotos sobre a musculação, também organizou os principais métodos de treino,
registrando e dando nomenclatura aos sistemas que eram utilizados pelas grandes
estrelas do culturismo da época. Por exemplo, Larry Scott, não chamou à sua
técnica de Rosca “scott” (ao utilizar um banco para treinar o biceps) e Sipes
não percebeu que estava o utilizar o método de carga regressiva. Mas é graças
às observações de Joe Weider que todos tivemos acesso a estas técnicas de
treino.
Princípios:
1. Treino Progressivo
2. Treino em série
3. Treino isolado
4. Confusão muscular
5. Treino prioritário, priorização
6. Treino em pirâmide
7. Treino dividido, rotina dividida
8. Treino por fluxo
9. Super-série
10. Série combinada
11. Treino em ciclo
12. Isotensão
13. Repetição forçada
14. Drop set
15. Pré-exaustão
16. Série negativa
1. Treino Progressivo:
Lee Priest |
Refere-se à adição de cargas progressivas para que o músculo
se torne maior e mais potente. Consiste em adicionar mais cargas
periodicamente, bem como aumentar o número de séries e de sessões de treino e
ao mesmo tempo diminuir o tempo de repouso entre as séries.
2. Treino em série: Lee Priest |
Este princípio preconiza a realização de 3 a 4 séries para
cada exercício para atingir a completa exaustão de cada grupo muscular e obter
assim a máxima hipertrofia.
3. Treino isolado: Lee Priest |
Um músculo pode trabalhar relativamente isolado ou auxiliado
por outros músculos. Cada músculo colabora de alguma forma para o movimento,
funcionando como estabilizador, como agonista ou sinergista. Para desenvolver
um músculo ao máximo é necessário isolá-lo da ação destes músculos auxiliares.
Isto consegue-se variando as posições anatômicas.
4. Confusão muscular:
Dorian Yates |
Este princípio evita que o músculo se adapte a um
determinado tipo de exercício ou a uma rotina específica de treino. Os músculos
nunca devem se habituar a um esquema de treino, pois para crescer, necessitam
estar continuamente em estresse. Para isto varia-se constantemente o exercício,
série, repetições, ângulos de pressão, de forma que não se dê oportunidade para
que o músculo se acomode. É preciso surpreender o músculo e dar-lhe estímulos
novos a que não está habituado.
5. Treino prioritário, priorização:
Andreas Muzer |
6. Treino em pirâmide:
Andreas Muzer |
7. Treino dividido, rotina dividida:
BERTIL FOX |
Segundo Weider, após um período de adaptação de 3 meses
realizando um treino básico, três vezes por semana é preciso aumentar a
intensidade de treino. Para isso é aconselhada a divisão do treino em duas
partes, sendo que na primeira, treina-se a parte superior do corpo
utilizando-se aproximadamente 8 exercícios, e na Segunda, treina-se a parte
inferior com a realização de 6-8 exercícios.
8. Treino por fluxo:
Arnold Schwarzenegger |
Segundo este princípio, para obter o máximo de crescimento é
necessário haver suficiente irrigação sangüínea permanente num determinado
músculo. Para conseguir isto, treina-se de 3 ou 4 exercícios para um mesmo
músculo, sem realizar nenhum outro exercício para outro grupo muscular entre
estes exercícios específicos. Desta forma, todo o fluxo sanguíneo é direcionado
para uma região específica.
9. Super-série:
Larry Scott |
Este é um princípio bastante comentado que preconiza agrupar
dois exercícios para grupos musculares opostos e realizá-los alternadamente,
como é o caso do bíceps e do tríceps.
10. Série combinada:
Lou Ferrigno |
Neste princípio dois exercícios diferentes para um mesmo
músculo são executados um após o outro sem intervalo. O objetivo deste
princípio é utilizar todo o potencial do músculo treinado em angulações
diferentes para atingir o maior número possível de fibras musculares.
11. Treino em ciclo:
Lou Ferrigno |
Durante uma parte do treino anual, deve-se desenvolver
rotinas para desenvolver massa e força muscular. Durante outra parte do ano,
deve-se desenvolver rotinas com menos pesos e mais repetições e pouco repouso
entre as séries. Desta forma, evitam-se lesões musculares enquanto se obtém
desenvolvimento progressivo.
12. Isotensão:
Consiste em flexionar um músculo e mantê-lo em tensão máxima
por 3-6 segundos. A tensão isométrica deve ser realizada 3 vezes. Esta tensão
melhora o controle neuromuscular e ajuda a obter definição e pico muscular.
Lou Ferrigno |
13. Repetição forçada:
Casey Viato e Mike Mentzer |
Ocorre quando um companheiro de treino ajuda a execução de
mais algumas repetições após se ter atingido o ponto máximo do esgotamento
muscular para determinado exercício, ou seja, quando sozinhos já não
conseguimos fazer o exercício com a forma e técnica correta e temos uma pequena
ajuda para finalizar a repetição.
14. Drop set:
Casey Viato |
Neste princípio uma série é realizada até o esgotamento
total, e consiste em diminuir o peso à medida que aumentamos as repetições.O
peso é diminuído (aproximadamente em 40%) quando começamos a falhar, e
continuamos a série imediatamente até obter novamente o esgotamento total.
Normalmente, esta diminuição de peso só é realizada uma vez, mais uma tripla ou
quadrupla diminuição é eventualmente utilizada.
15. Pré-exaustão:
Quando se treina um grupo muscular e se começa com um exercício básico, como o supino para o peitoral, um músculo menor envolvido no movimento, como o tríceps, no caso, é natural que este se esgote antes do peitoral, o que faz com que o músculo alvo não possa ser treinado em toda a sua capacidade. Para evitar isso, utiliza-se um exercício que tenha como objetivo esgotar primeiro o músculo alvo sem que se utilizar nenhum outro músculo menor. Desta forma estamos desgastando o músculo alvo para que quando passar para o exercício básico, o músculo alvo não seja prejudicado pelo músculo menor, porque já estará “cansado”. Isto permite garantir que o músculo foi treinado até à exaustão.
Casey Viato |
16. Série negativa:
Bertil Fox |
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